26 de outubro de 2025
Para fazer a precificação de imóvel de forma estratégica em 2025, utilize um método de 3 passos: 1) Calcule um preço base através da análise comparativa de mercado (a média do m² de imóveis similares na sua região); 2) Ajuste este valor para mais ou para menos com base nos diferenciais do seu imóvel (como andar, vista, estado da reforma e vagas de garagem); 3) Defina uma estratégia de anúncio (preço de mercado, de atração ou premium). Este processo estruturado substitui o “achismo” pela análise, garantindo um preço justo que atrai os compradores certos e maximiza seu resultado financeiro.
O que você vai encontrar neste guia:
Definir o preço de um imóvel é a etapa mais crítica e delicada de uma venda. Um preço alto demais espanta compradores; um preço baixo demais deixa um dinheiro valioso na mesa.
Um estudo da empresa Loft, que analisou 10 milhões de anúncios e transações, mostrou que um imóvel com a precificação correta tem quatro vezes mais chances de receber uma oferta.
Mas como fugir do “achismo” e do apego emocional para chegar a um número justo e estratégico?
Esqueça as listas de dicas vagas. Este guia apresenta um método prático de 3 passos, usado por especialistas do mercado, para você precificar seu imóvel com mais precisão, segurança e inteligência.
Para começar, é crucial entender que a palavra “valor” pode significar coisas diferentes.
É o preço que o imóvel provavelmente alcançaria em uma negociação justa e aberta entre um comprador e um vendedor, ambos bem informados. É este o valor que estamos buscando.
É a estimativa de preço feita pela Prefeitura da sua cidade. Ele serve como base para o cálculo de impostos como o IPTU e o ITBI. Geralmente, o valor venal é significativamente inferior ao valor de mercado.
É o valor definido pelo perito de um banco para fins de concessão de um financiamento. O foco do perito é a segurança do bem como garantia para o banco. Ele costuma ser próximo ao valor de mercado, mas pode ser mais conservador.
Com os conceitos claros, vamos ao método.
O ponto de partida de toda precificação profissional é a Análise Comparativa de Mercado (ACM). Você pode fazer uma versão simplificada.
R$ 900.000 / 100 m² = R$ 9.000/m².Seu imóvel não é uma média, ele é único. Agora, você vai pegar o “Preço de Referência” que encontrou e ajustá-lo para cima ou para baixo com base nos diferenciais do seu bem.
Com um preço técnico em mãos, a última etapa é definir a estratégia de marketing para o seu anúncio.
Não. Este é um dos maiores e mais compreensíveis erros dos vendedores. O mercado imobiliário, no entanto, é racional. O comprador paga pelo que o imóvel oferece em termos de localização, tamanho, condição e qualidade, e não pelas memórias afetivas. Basear-se na emoção geralmente leva a uma precificação excessivamente alta, o que afasta compradores e atrasa a venda.
Um cenário de juros altos, como o atual com a Taxa Selic em 15,00% (agosto de 2025), diminui o poder de compra de quem depende de financiamento. Isso torna os compradores mais seletivos e com menor capacidade de pagamento. Na prática, isso pode gerar uma pressão para baixo nos preços e exigir mais flexibilidade e disposição para negociar por parte do vendedor.
Afeta drasticamente. Um imóvel com documentação pendente ou irregular (como uma reforma não averbada) não pode ser financiado pela maioria dos bancos. Isso restringe o universo de potenciais compradores àqueles que podem pagar à vista. Para compensar esse risco e essa limitação, é comum que o mercado aplique um deságio que pode chegar a 20% a 30% ou mais no preço de venda.
*Com informações de Portas*